Essa publicação é
inspirada em uma atividade elaborada na disciplina de filosofia, onde a
proposta é questionar as crenças.
Norte ponto
cardial que deveria indicar o caminho a ser seguido, porém esta sociedade
(Brasil/sulamericana) teve seu inicio na direção oposta, os colonizadores
navegaram ao sul, ao menos é isso que nós acreditamos.
Crer é um signo linguístico
cômico, não por sua conjugação complicada, mas sim pela forma em que engessa a
vida dos indivíduos.
Uma religião é
uma crença? Não! Uma religião é um aglomerado de crenças dispostas de tal
forma, a persuadir os indivíduos, para assim ser tomada como “Verdade” absoluta
(dogma).
Mas o que é crer?
Talvez seja aceitar sem questionar, ou também poderia ser, aceitar só depois de
questionar profundamente algo.
O processo comum de
crer é a aceitação de um fato pronto sem questiona-lo, um processo cômodo e sem
sofrimento. Porém este não é o mais aconselhável.
Há muito a “parábola da caverna” é tomada
como referencia para a discussão de crença. Assim sendo, crer e uma
representação da “realidade”, tomando esta representação como real e irredutível,
porém ao romper com as amarras do conhecimento e descobrir a essência desta “realidade”,
surge um colapso dos sentidos naturais.
Uma crença está alem
dos sentidos naturais dos seres humanos, senso algo presente no subconsciente destes
(seres humanos).
O processo
incomum, ou, processo incomodo é o qual o individuo assimila um fato,
questionando-o (processo de crer que deveria ser usado por todos). Este
processo só não é “perfeito”, pois todo individuo é condicionado a questionar a
“realidade” ou processo de “crença”, pelos caminhos delimitados por seu processo
de inserção social.
Tomando de referencia
uma criança educada através dos preceitos judaico-cristãos, esta criança terá
uma enorme dificuldade em aceitar símbolos religiosos das supostas crenças “pagãs”.
Assim a crença e processo de questionamento da crença acabam sendo doloroso.
“Questionar uma
crença é, questionar a realidade em que se esta inserido, e por assim dizer,
questionar a sua própria existência”.
Em meu processo
de assimilação desta realidade, sofro com as limitações impostas por meu
processo de inserção social. Sempre sendo curioso e de difícil convencimento,
nunca aceitei facilmente as informações que me foram passadas. Quando algo me é
passado busco uma posição de contradição à informação, só então construo uma
assimilação que me satisfaça.
Processo este que
me facilita romper com as amarras dos preconceitos existentes em minha
sociedade, todavia este processo também me faz negar os dogmas religiosos, ou
seja, não consigo aceitar completamente nenhuma das religiões de meu
conhecimento.
Sintetizando, a
meu ver, crer não é aceitar uma “verdade”, mas sim, questiona-la ao Maximo,
visando não se deixar influenciar pelas limitações impostas pela sociedade.