terça-feira, 29 de novembro de 2011

“Não crer para crer"


     Essa publicação é inspirada em uma atividade elaborada na disciplina de filosofia, onde a proposta é questionar as crenças.
     Norte ponto cardial que deveria indicar o caminho a ser seguido, porém esta sociedade (Brasil/sulamericana) teve seu inicio na direção oposta, os colonizadores navegaram ao sul, ao menos é isso que nós acreditamos.
     Crer é um signo linguístico cômico, não por sua conjugação complicada, mas sim pela forma em que engessa a vida dos indivíduos.
     Uma religião é uma crença? Não! Uma religião é um aglomerado de crenças dispostas de tal forma, a persuadir os indivíduos, para assim ser tomada como “Verdade” absoluta (dogma).
     Mas o que é crer? Talvez seja aceitar sem questionar, ou também poderia ser, aceitar só depois de questionar profundamente algo.
     O processo comum de crer é a aceitação de um fato pronto sem questiona-lo, um processo cômodo e sem sofrimento. Porém este não é o mais aconselhável.
     Há muito a “parábola da caverna” é tomada como referencia para a discussão de crença. Assim sendo, crer e uma representação da “realidade”, tomando esta representação como real e irredutível, porém ao romper com as amarras do conhecimento e descobrir a essência desta “realidade”, surge um colapso dos sentidos naturais. 
     Uma crença está alem dos sentidos naturais dos seres humanos, senso algo presente no subconsciente destes (seres humanos).
     O processo incomum, ou, processo incomodo é o qual o individuo assimila um fato, questionando-o (processo de crer que deveria ser usado por todos). Este processo só não é “perfeito”, pois todo individuo é condicionado a questionar a “realidade” ou processo de “crença”, pelos caminhos delimitados por seu processo de inserção social.
     Tomando de referencia uma criança educada através dos preceitos judaico-cristãos, esta criança terá uma enorme dificuldade em aceitar símbolos religiosos das supostas crenças “pagãs”. Assim a crença e processo de questionamento da crença acabam sendo doloroso.
    “Questionar uma crença é, questionar a realidade em que se esta inserido, e por assim dizer, questionar a sua própria existência”.
     Em meu processo de assimilação desta realidade, sofro com as limitações impostas por meu processo de inserção social. Sempre sendo curioso e de difícil convencimento, nunca aceitei facilmente as informações que me foram passadas. Quando algo me é passado busco uma posição de contradição à informação, só então construo uma assimilação que me satisfaça.
     Processo este que me facilita romper com as amarras dos preconceitos existentes em minha sociedade, todavia este processo também me faz negar os dogmas religiosos, ou seja, não consigo aceitar completamente nenhuma das religiões de meu conhecimento.
     Sintetizando, a meu ver, crer não é aceitar uma “verdade”, mas sim, questiona-la ao Maximo, visando não se deixar influenciar pelas limitações impostas pela sociedade.

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